domingo, 21 de outubro de 2012

Está fazendo 1 ano que perdemos nossa mãe por causa do descaso na saúde do Tocantins. Até agora nada mudou.

Dia 23 de novembro faz 1 ano que o descaso na saúde pública do Tocantins levou ao óbito nossa mãe, Dona Rosa. O que se percebe é que até agora nada mudou, pois hospitais continuam superlotados, sem leitos e até mesmo sem apartamentos suficientes, um verdadeiro caos. 
Na época, novembro de 2011, o então secretário de saúde juntamente com o diretor da Pró-Saúde chegaram a prometer que novas UTI's seriam adquiridas, inclusive hospitais do interior do Tocantins estariam sendo beneficiados com essas UTI's, mas não foi o que aconteceu. Ainda hoje  temos casos em que cirurgias neurológicas não estão sendo feitas em tempo hábil, ocasionando a morte dos pacientes por falta de leitos de Unidade de Terapia Intensiva. 
Após 1 ano que perdemos nossa mãe viemos aqui mais uma vez mostrar nossa indignação e deixar claro que não estamos de braços cruzados, pois vamos lutar na justiça para que os responsáveis pelo óbito dela sejam punidos. Sabemos que demora resolver problemas na justiça, mas sabemos também que um dia vamos ter o resultado. 
Por isso, pedimos a todos que estão enfrentando problemas com a saúde pública para que busquem seus direitos,  dirijam-se a Defensoria Pública ou no Ministério Público de sua cidade e peçam ajuda para que a saúde no nosso Estado e no Brasil seja tratada com respeito, evitando assim a morte  de pessoas queridas.


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Foi publicado nesta terça-feira, 31/07/2012, no Diário Oficial do Tocantins o edital de convocação para a criação da Associação de Assistência às Vítimas de Erros Médicos e Descaso na Saúde do Tocantins - ASFAVIDAS. Confira:



EDITAL DE CONVOCAÇÃO



A Presidente da Comissão Pro - fundação da Associação de Assistência às Vítimas de Erros Médicos e descaso na Saúde do Tocantins – ASFAVIDAS – TO, na forma da legislação vigente, vem convocar às Famílias Vítimas de Erros Médicos e Descaso na Saúde do Tocantins, para participarem da Assembléia Geral Extraordinária, que se realizará no dia 11 deAgosto de 2012 as 17:00 horas, na Sede Provisória da Associação de Assistência as Vítimas de Erros Médicos e Descaso na Saúde Do Tocantins – ASFAVIDAS – To, Localizada na Quadra 405-Norte, A P M 04, AL 17, Lote 01, em Palmas-To, para deliberar sobre a seguinte Pauta do dia: Aprovação do Estatuto de criação da Associação de Assistência Às Vítimas de Erros Médicos e Descaso na Saúde do Tocantins– ASFAVIDAS-TO,
Palmas - TO, 18 de Julho de 2012.
Veneranda R, de Oliveira Elias
Presidente da Comissão Pró – Fundação

Disponível em: http://diariooficial.to.gov.br/download/2046/

sábado, 28 de julho de 2012

Cinco médicos em diferentes municípios podem responder pela morte de Dona Rosa

Após morte da mãe, filho tenta provar na justiça negligência e falta de assistência de hospitais: cinco médicos podem responder


Josimar Carneiro Soares entrou com ações civil e criminal para responsabilizar médicos que teriam sido negligentes no atendimento a sua mãe, Rosilmar Carneiro, falecida em novembro do ano passado após realizar cirurgia no HGP. França solicitou também assistência judiciária e indenização por danos materiais e morais a todos os hospitais que sua mãe passou antes de falecer. No total cinco médicos podem responder.
Como forma de protesto a família espalhou três outdoors em Palmas
Divulgação

Como forma de protesto a família espalhou três outdoors em Palmas
“Através desta ação queremos provar que a morte da minha mãe não foi acidental e que houve sim negligência médica”, essas foram as palavras do vendedor, Josimar Carneiro Soares de França, que informou ao Site Roberta Tum que entrou com ações civil e criminal contra os médicos responsáveis por atender sua mãe, Rosilmar Carneiro Soares, falecida ano passado.
França solicitou também assistência judiciária e indenização por danos materiais e morais a todos os hospitais que sua mãe passou antes de falecer. Que são: Unidade Básica de Saúde de Monte Santo , Hospital Regional de Paraíso, Hospital Municipal de Pium e ao Hospital Geral de Palmas. No total cinco médicos podem responder.
Rosilmar morreu ano passado depois de realizar uma cirurgia neurológica no HGP. A paciente estava internada há 23 dias em estado grave. Para que a cirurgia fosse feita foi necessário que a família entrasse na justiça.
Segundo o vendedor, com a atitude a família espera que algo seja feito. “Os médicos não podem ficar impunes. Na ação temos 309 páginas de prontuário médico e datas de exames que mostra que o HGP foi negligente”, informou.
De acordo França, a população não pode ficar refém do descaso da saúde pública. “Entramos com essa ação para que a justiça seja feita e para que novas crueldades como essa não voltem a acontecer. Infelizmente sabemos que muitas pessoas sofreram ou sofrem com esse mesmo problema e esperamos que com isso elas corram atrás do seu direito”, enfatizou.
Negligência
Conforme consta na justificativa da ação, desde 2005 Rosilmar sofria de fortes dores de cabeça e vinha se tratando no Hospital de Monte Santo, mas o médico a tratava como se ela tivesse problema no estômago.
Alguns meses antes de ser internada e com o estado um pouco grave ela foi atendida em Paraíso. Na época, a médica a tratou somente com dipirona e soroterapia. Sem solução foi solicitado exame de sangue e urina, mas como o resultado não apontou infecção, Rosilmar recebeu alta sem que a dor de cabeça tivesse sido controlada
Sem melhoras a paciente foi encaminhada para o Hospital de Pium, como as dores não foram controladas o médico a encaminhou para o HGP onde foi constatado que ela sofria de aneurisma cerebral sendo necessário fazer cirurgia com urgência.
Conforme consta, o exame deveria ser realizado em até 24 horas, mas demorou 13 dias para ser realizado.
O estado clínico da paciente piorou e ela teve que ser transferida para a UTI, mas segundo documento o Hospital afirmou que não havia unidade disponível. Conforme o documento, foi preciso a família ir a imprensa denunciar o ocorrido e ir a Promotoria de Justiça para que fosse conseguida a vaga. Somente após 24 dias foi realizada a cirurgia.
Associação
O vendedor informou também que no próximo mês uma assembleia será realizada para formalizar a criação da Associação das Famílias e Amigos das Vitimas de Descaso na Saúde do Tocantins- Asavidas. “A assembleia será realizada no dia 11 de agosto ás 17h, na 405 norte, prédio do antigo Pioneiros Mirins. Acredito que na próxima segunda o edital de convocação será publicado no Diário Oficial”, destacou.
Ainda conforme França, a intenção da Associação é ajudar outras famílias a buscar seus direitos. “Queremos auxiliar as pessoas a correrem atrás dos seus direitos, tanto na parte jurídica como humana, porque muitas pessoas não vão a justiça por falta de informações. Queremos com isso dar apoio a vítimas de erros médicos, lutando por uma saúde de melhor qualidade”, finalizou.
Entenda
Rosilmar Carneiro Soares faleceu em 2011 depois de realizar uma cirurgia neurológica no Hospital Geral de Palmas-HGP. Na época a paciente estava internada há 24 dias em estado grave no Hospital Geral de Palmas-HGP.
Para que cirurgia fosse realizada foi necessário pedir a intervenção do Ministério Publico para que o HGP pudesse dá agilidade no caso de sua mãe. Com isso, a Defensoria Pública e o MPE recomendaram ao Estado a realização da cirurgia neurológica. A operação aconteceu em novembro. Depois da cirurgia, Rosilmar ficou em coma por 12 dias e veio a óbito.
Como forma de protesto foram espalhados pela cidade outdoors com a foto da vítima e mensagem que apontavam para descomprometimento com a saúde pública. A família criou também o blog Euprotestonaweb.blogspot.com.br.


Mais sobre: Ação Civil, Criminal, HGP, Palmas, Tocantins

Disponível em: http://robertatum.com.br/noticia/apos-morte-da-mae-filho-tenta-provar-na-justica-negligencia-e-falta-de-assistencia-de-hospitais-cinco-medicos-podem-responder/23775

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Criação da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas de Descaso em Saúde Pública no Estado do Tocantins. Participem.

Familiares das vítimas de descasos em Saúde Pública do Tocantins, juntamente com importantes autoridades, como a promotora de justiça Maria Roseli de Almeida Pery e o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, realizaram no dia 11 de Fevereiro de 2012, em Palmas, o 1º Encontro de Familiares e Amigos das Vítimas de Descasos em Saúde Pública do Tocantins  .
O objetivo do encontro foi tratar sobre o descaso que vem ocasionando várias vítimas na saúde pública do estado do Tocantins, onde foi discutido a criação da Associação dos Familiares e Amigos das Vítimas de Descaso em Saúde Pública e como devem agir outros familiares de pessoas que venha a passar pela mesma situação em que Dona Rosa passou.
 
A Criação da Associação está marcada para o dia 13 de Abril de 2012, a partir das 14 horas na Assembleia Legislativa, em Palmas, e contamos com a presença de todos que querem ter uma saúde pública melhor em nosso estado.

1º Encontro de Familiares e Amigos de Vítimas
 em Descaso em Saúde Pública do Tocantins
Precisamos ir a luta, e não deixar que pessoas e mais pessoas continuem morrendo nos hospitais superlotados a espera de medicamentos, tratamentos, cirurgias e UTI's. Vamos arregaçar as mangas e lutar pelos nossos direitos, pois segundo a nossa constituição, "a Saúde é um dever do estado e um direito de todos".

Para obter mais informações entre em contato conosco pelo email- euprotestonaweb@hotmail.com , pelo telefone- 63-84375280 ou pelo facebook no http://www.facebook.com/profile.php?id=100003386652421

PRECISAMOS DE GUERREIROS

Em relação ao Descaso na Saude do Estado do Tocantins, temos comentaristas em quase toda esquina. O problema é que na hora de ir a luta contra este descaso, todos somem.  
O Brasil está cheio de covardes que não tem a coragem nem se quer de lutar por algo que é de direito de todo o ser humano, o DIREITO A VIDA, e que infelismente muitos estão perdendo este direito por descaso na Saúde e tambem por erros medicos.
O convite é para pessoas que realmente se sentem indignadas com esta situação e que se sentem esqueceidas por autoridades, porém com força e coragem de lutar contra instituições e organizações que fazem do ser humano apenas mais um. Venha lutar conosco na criação da Associação das Familia e Amigos das vitimas do Descaso na Saude do Estado do Tocantins. Precisamos de pessoas de CORAGEM.
Se você é uma pessoa que tem a coragem de lutar por algo em que acredita nos envie um e-mail para:
euprotestonaweb@hotmail.com

Aguardo seu retorno.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Convite para o 1º Encontro dos Familiares das Vítimas de Descaso em Saúde Pública no Estado do Tocantins

A famíla de Dona Rosa, juntamente com os familiares de outras vítimas de descasos em Saúde Pública convida a todos (amigos, familiares, conhecidos de outras vítimas e pessoas que se sentem indignada por algum motivo com a saúde pública) a participarem de um encontro no dia 11 de Fevereiro de 2012 a partir das 14 horas no Auditório da Assembleia Legislativa em Palmas - TO.
O objetivo do encontro é tratarmos de assunto relacionado ao descaso que vem ocasionando várias vítimas na saúde pública do estado do Tocantins, onde estaremos criando uma Associação dos Familiares e Amigos das Vítmas de Descaso em Saúde Pública, ajudando assim outras pessoas que venha a passar pela mesma situação em que Dona Rosa passou, a partir de informações, diálogo, denúncias, cobranças e apoio das autoridades competentes. Vamos juntos lutar por nossos direitos, entre eles o direito à Saúde.
Para obter mais informações entre em contato conosco pelo email- euprotestonaweb@hotmail.com , pelo telefone- 63-84375280 ou pelo facebook no http://www.facebook.com/profile.php?id=100003386652421

domingo, 11 de dezembro de 2011

ROSILMAR CARNEIRO SOARES, MAIS UMA VÍTIMA DO DESCASO NA SAÚDE PÚBLICA NO ESTADO DO TOCANTINS.

          
         Rosilmar, a Rosa como muitos a conheciam, sempre foi uma mulher batalhadora, lutadora, super filha, super mãe, super esposa, super amiga e conselheira de todos. Morava em uma pequena chácara entre os municípios de Monte Santo e Divinópolis – TO, chácara essa que ela havia adquirido a pouco tempo, era um de seus sonhos ter sua própria terrinha.  Há muito tempo vinha sentindo dores de cabeça, conhecida também como cefaléia, mas essas dores sempre foram confundidas pelos médicos como enxaqueca.
        Nos últimos meses as dores se intensificaram, então ela procurou o posto de saúde do município de Monte Santo - TO, onde o mesmo infelizmente se negou a fornecer um exame da cabeça no qual ela havia pedido, o motivo da negação foi simplesmente porque a chácara onde ela morava atravessava o córrego que fazia a divisa do município de Monte Santo com o de Divinópolis - TO.
        Ela voltou pra sua chácara ainda com intensas dores de cabeça, dores insuportáveis e depois retornou ao município de Monte Santo para tentar mais uma vez pedir o exame. Dessa vez ela conseguiu a consulta com o médico da cidade e contou a história pra ele. O médico então solicitou o pedido de exame para aguardar a liberação da secretaria municipal de saúde, liberação essa que até hoje ainda não saiu.
         Ela retornou novamente para casa e tomou alguns remédios para amenizar as dores, até que em uma madrugada de sexta para sábado, ao dormir, ela teve uma crise, onde sofreu um desmaio, perca de consciência e de movimentos. Imediatamente seu marido pediu ajuda aos visinhos, que a levaram imediatamente para o Hospital de Paraíso do Tocantins. Chegando ao hospital a médica que atendeu a diagnosticou como uma possível intoxicação alimentar, passou remédios para o possível problema de saúde e internaram-a durante três dias, dias esses que não apareceram mais nenhum médico para examiná-la.
          Na noite de sábado seu filho, Josimar, indignado pela falta de informações e por não terem pedido nenhum exame para ver o que sua mãe tinha resolveu tirar satisfação. Aparentemente deu certo, mas fizeram só um exame de sangue e disseram que ela não tinha nada de anormal e deram alta pra ela no domingo, mesmo com as intensas dores de cabeça. "Como assim nada de anormal se já faz três que ela dói a cabeça sem parar?" - Questionou seu filho.
         Com receber alta no domingo ela foi para sua casa em Paraíso, onde muitos de sua família vieram visitá-la ainda no domingo mesmo. Vieram seus pais, irmãos, filhos, enteados e amigos e fizeram um almoço, ninguém imaginava que tal almoço era como se fosse uma despedida. Ao entardecer ela passou mau novamente e seus pais juntamente com seu irmão chamou-a para ela ir à Pium – TO para ver se conseguia uma consulta lá ou até mesmo um encaminhamento para o Hospital Geral de Palmas. Ela então resolveu ir com seus pais para Pium e na segunda-feira cedo ela tentou uma consulta, porém não tinha mais vagas, então seu irmão, Raimundo, tentou conversar diretamente com o médico, contou a situação e o Dr. entendeu que o caso era grave e encaminhou-a a Palmas. Devido ela está debilitada e o médico que a encaminhou não ter acesso as ambulâncias do município de Pium, pelo que parece por motivos políticos, então ela teve que esperar até a terça-feira para que seu filho pegasse o carro do patrão emprestado e a buscasse, pois ela não conseguia ir de ônibus para Palmas - TO.
        Chegando ao Hospital Geral de Palmas, pelos sintomas os médicos já diagnosticaram como um possível aneurisma, e de início já pediram uma tomografia para confirmar a hipótese, tomografia essa que ela já havia pedido há muito tempo no município de Monte Santo. A tomografia confirmou o que não queríamos que fosse, não era um aneurisma, mas sim dois aneurismas e necessitava de cirurgia em caráter de urgência. Contudo estávamos confiantes, pois achávamos que devido ser um caso grave a cirurgia dela ia ser imediata, onde as chances de uma boa recuperação eram altas. Mas Estávamos enganados, pois começaria aí o maior de todos os descasos que descrevemos até agora, o descaso fatal que tiraria a vida de Dona Rosa.
        Até esse momento Dona Rosa teve sua pressão arterial controlada (pelo menos era a informação que nos passavam) e ficava aguardando um exame chamado de Angiografia, que mostraria com precisão o local do aneurisma, esse tal exame ficou sendo esperado por Dona rosa por mais de semanas, todo dia a gente olhava o prontuário dela e lá estava: “aguardando angiografia”. Um dia estava escrito que a angiografia estava prevista para uma sexta-feira, nossa, como Dona Rosa ficou alegre, animada para fazer a cirurgia, pois ela tinha certeza que ia dar tudo certo, pois uma colega de quarto dela já havia feito essa mesma cirurgia e passava positividade pra ela. Na quarta-feira que antecedia a sexta-feira, dia da angiografia chega os enfermeiros dizendo que ela tinha que fazer a angiografia naquele momento, pois na sexta não ia ser possível, pensamos que fosse por causa de um recesso que ia ter. O fato é que Dona Rosa não podia fazer o exame na quarta, pois ninguém a havia avisado e ela não estava mais em jejum, o que conseqüentemente adiou o exame para próxima segunda-feira.
            Feito o exame as segunda-feira, Dona Rosa ainda teria que esperar até a próxima segunda para que a equipe médica neurológica passasse avaliando o caso dela a partir do exame. Na quarta-feira, feriado de finados eu fui passar o dia com ela, ela estava confiante, alegre, na hora da visita brincamos, eu, ela, a enteada dela, seu irmão e sua cunhada.
Eu ia dormir com ela e sairia de Palmas na quinta-feira às 5 da manhã para chegar a tempo no serviço Porto Nacional. Contudo, estava chovendo muito naqueles dias e ela ficou preocupada comigo em ter que sair as 5 da manhã e pudesse está debaixo de chuva. Ela me aconselhou que eu fosse embora naquela noite que ela ia chamar sua irmã para ir dormir com ela. Fiquei pensando e concordei, na hora de eu ir embora ela me disse: “Pode ir caçula, a mamãe vai ficar bem”. Infelizmente não foi o que aconteceu, pois na noite de quinta-feira ela sofreu um AVC – Acidente vascular Cerebral, daí pra frente começou o sofrimento de uma mulher guerreira, forte e confiante sempre em Deus e nos médicos. Ela precisava ser levada pra uma UTI imediatamente, mas infelizmente não tinha leitos, e ficou a desejar da quinta-feira até a segunda, quando passou a equipe médica neurológica e disseram pra nós que Dona Rosa só não tinha sido operada ainda por falta de UTI.
           Nossa!, toda a equipe do hospital, equipe médica, funcionários e demais haviam nos enganados esse tempo todo, já não bastasse a demora no exame, eles nos diziam que estava tudo bem, sendo que o estado de Dona Rosa já era gravíssimo. Sabendo disso, que Dona Rosa só precisava de uma UTI para fazer a Cirurgia, seu irmão, seu marido e seu filho procuraram o Ministério Público e contaram a situação, foi quando a promotora obrigou o estado a arrumar uma UTI para Dona Rosa, fosse pública ou privada, dento ou fora do estado. Mesmo com a ordem judicial o hospital ainda deixou Dona Rosa dois dias fora da UTI, ficou na chamada SALA VERMELHA, que muitos pacientes chamam de SALA DA MORTE. Na terça-feira a noite é que levaram Dona Rosa para a UTI do IOP, para que ela voltasse a ficar em estado clínico estável e assim pudesse ser feita a cirurgia, que foi marcada para sexta-feira.
              Na sexta, 11/11/11, no momento da cirurgia mais um drama, Dona Rosa já estava no preparatório para iniciar a cirurgia quando a equipe cirúrgica disse que estava a espera apenas do prontuário dela, deram sumiço no prontuário dela e a cirurgia só começaria com o prontuário nas mãos. A família teve que ameaçar chamar a TV, ameaçar fazer um boletim de ocorrência e ameaçar chamar o Ministério Público mais uma vez até que acharam o prontuário de Dona Rosa. A cirurgia que estava marcada pras 7 horas da manhã foi começar as 11:50 da manhã.
Assim, com muita luta e persistência conseguimos que a cirurgia fosse feita, segundo os médicos a cirurgia foi um sucesso, mas infelizmente já era tarde, pois o organismo dela já estava fraco demais pra reagir a uma cirurgia tão delicada. Ela ainda ficou doze dias em coma após a cirurgia, mas acabou tendo uma morte cerebral no dia 23/11/11

      Hoje, 11/12/2011 faz um mês que ela fez a cirurgia e sabemos que tem mais de 35 casos de pacientes  no Tocantins precisando de cirurgias neurológicas de urgência, cirurgias essas que se não forem feitas a tempo podem se agravar muito o estado clínico dos pacientes, chegando até mesmo ao óbito, como foi o caso de Dona Rosa, minha mãe.

        O que se resume com essa história é que nossos direitos básicos mínimos não estão sendo válidos, pagamos impostos todos os dias em tudo que fazemos, somos obrigados a eleger determinadas pessoas para comandar e administrar a máquina pública e o que ganhamos em troca é o descaso, a humilhação, a negligência e o ato desumano quando precisamos de Saúde, Educação e Segurança Pública de qualidade, pois nesse triste relato da história de minha mãe, para conseguirmos a UTI para ela tivemos que recorrer à Justiça. Isso é um absurdo
    
         A nossa forma de protestar contra esses absurdos desumanos é ficar sem votar nas próximas eleições, pois o que percebemos é que nosso voto não vale nada, a não ser para encher bolso de certos políticos, pois quando realmente precisamos de serviços essenciais para o ser humano somos pegos de surpresa numa desumanidade total.
      
         Se você, como nós, se sente indignado por algum motivo referente a  saúde pública no Brasil em especial no Tocantins, alie-se a nós nesse protesto.

Faça seus comentários, conte-nos sua história, dê-nos essa força e vamos juntos lutar por melhorias. Sabemos que uma andorinha só não faz verão, mas ela faz a parte dela, e se todos nós fizermos a nossa parte, cobrando, fazendo protestos, com certeza um dia vamos mudar a cara desse país.